quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Ficha Técnica

DIREÇÃO
Jessé Oliveira
Elenco:
Glau Barros
Silvio Ramão
Adriana Rodrigues
Eder Santos
Leandro Daitx
Wagner Santos
Silvia Duarte
Flávio Oya Tundê
Ravena Dutra
Lucila Clemente
Josiane Acosta
Diego Neimar
Dramaturgia
Viviane Juguero
Iluminação
Miguel Tamarajó e Jessé Oliveira
Operador de Luz performer
Camila Lopes de Moraes
Direção musical
Luiz André da Silva
Preparação Vocal
Marlene Goidanich
Assessoria em Religião e danças africanas
Baba Diba de Yemonjá
Preparação corporal
Jessé Oliveira
Preparação em dança
Joca Vergo e Marilice Bastos (Dança Contemporânea)
Coreografia
Jessé Oliveira e Joca Vergo
Operador de Luz
Juliano Barros
Operador de som
Evelise Mendes
assistência de produção e bilheteria
Karla Meura
direção de Produção e Assessoria de Imprensa
Silvia Abreu

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Tirésias-Orumiláia


sete generais




Antígona BR – uma genética da tragédia
Por André venzon – artista plástico
12.06.08

Antígona BR, nova montagem do Grupo Caixa-Preta que estreou no Theatro São Pedro e fez temporada recente no Renascença em Porto Alegre, revela-nos a genética de uma tragédia. Anunciam a universalidade deste mito tebano no abrir das cortinas em vários idiomas e renovam esta trágica história preservando sua complexidade. Exploram a sensualidade total dos elementos cênicos e personagens. O elenco, jovem e exuberante, abusa da sensualidade no corpo dos atores-bailarinos-cantores. As cenas parecem ter sido pintadas quando revelam um cromatismo rico, sem cometer excessos, com soluções tão criativas quanto poéticas – como as transferências dos personagens da tragédia tebana em orixás da cultura afro-brasileira, ou a planta “espada de São Jorge” usada na mão dos guerreiros em combate no lugar daquela arma. Bem como o nó, unindo os vestidos de Antígona em Iansã que sugere dois destinos... O sincretismo religioso e a mistura de estilos plásticos; o flerte com o musical; o episódio da santificação de Antígona; o ar evangélico do Creonte pastor; o fogo, as velas, a água e a água-de-cheiro, o momento sublime quando o corpo de Eteocles “caminha no ar” tem aspecto divino com iluminação perfeita. Podemos perceber que, o mito, principalmente assim, tão próximo da realidade, é recriado pelo trabalho de direção, que confere a tragédia elementos de comédia, manipulando e construindo, com contra-regras em cena, num jogo de posição e oposição a história. A voz de Antígona, por outro lado, revela mais do que o sucesso na escolha do texto para atriz, destaca uma estrela em brilho ascendente. O desenho dos corpos dos irmãos Polinice (Wagner Santos) e Eteócles (Éderson Santos), também associados a orixás, Cosme e Damião, ou Ode e Ogum, respectivamente, no jogo de capoeira, na luta-investidura revela uma beleza clássica. Só há uma explicação para tanta qualidade, à pesquisa de direção de Jessé Oliveira e a capacidade técnica e carga emocional empregada pelo elenco, o que retumba no extenso do espetáculo. A dança das iaôs e a sutileza camaleoa dos vestidos-saias – axós - que mudam do colorido para o azul, preparando o ritual para Iemanjá. Os figurinos têm ao mesmo tempo unidade, exemplo da cena com Os Sete Contra Tebas, e contraste entre os deuses e o cidadão comum, protagonistas e coro de anciãs, que ao mesmo tempo apresentam características de velha-guarda de escola de samba e de velhas carolas, resulta numa imagem mais próxima do povo atual. Na cena do enterro do corpo de Polinice, a solução dos jornais que simbolicamente o cobrem – e logo depois – no desfecho do espetáculo, são também os veículos para estampar a tragédia, das sucessivas mortes que selam o fim do reinado de Creonte. A platéia é participante no momento dos doces (balas) que são jogadas como oferendas pelos irmãos Cosme e Damião.
Há verde, azuis, vermelho e branco na composição cromática do espetáculo, as guias são acessórios que tem uma carga, uma força tão expressiva que os personagens só precisariam usá-los para se sentir vestidos. A propósito, a cena em que o filho de Creonte, Hemon (Diego Neimar) tira a roupa, que já destoa desde sua entrada, sugere muito bem, a sensualidade na transformação do corpo, primeiramente, pelo traje camuflado de guerra, logo o ator poderia se quisesse vestir só as guias nas cores do arco-íris que o identificam como Oxumaré (Orixá que é seis meses homem, seis meses mulher) não fosse a necessidade dos panos, com suas estampas e padrões característicos, marcando uma singularidade, assim como as cores e a quantidade de contas nas voltas das guias.
Estamos diante de um espetáculo pensado com uma capacidade absoluta de relacionar o que temos de mais primitivo e mais contemporâneo, sem fazê-lo de forma irreconhecível, abstrata, nem incompreensível e hermética, a desordem própria característica do nascimento do mito, é revista de forma eclética, mesclada a signos da cultura afro-brasileira, o que revela também um índice universal da cultura ocidental a ser reconhecido.

Etéocles-Ogun e Polinice-Odé lutam


2° emparedamento de Antígona-Nossa Senhora Aparecida


Por Jorge Arias
Jornal La Repúblia
Montevideo - Uruguai
El grupo Caixa Preta y el largo camino hacia las estrellas lejanas
Este estreno, esperado en la capital gaúcha con suma expectativa, sucedió, como todos los grandes eventos de teatro de la capital de Rio Grande do Sul, en el teatro São Pedro; y agregó a la historia de este hermoso teatro un renovador y removedor capítulo.
Antígona Br. La música como la coreografía, anuncian un futuro prometedor.
Ha sido un especial honor, que nunca agradeceremos en toda su dimensión y valía, que el grupo de teatro de Porto Alegre "Caixa preta", que orienta Jessé Oliveira, nos invitara al estreno del grupo de "Antígona Br" . y un placer y una emoción que no olvidaremos las atenciones recibidas del grupo en general y de Jessé y su incomparable y profesional productora Silvia Abreu en particular.
La cultura afro brasilera llegó al templo del teatro más clásico y decimonónico de la ciudad; pero llegó con ímpetu y se mantuvo de pie. Caixa Preta aportó con creces su mensaje que llamaremos "sincrético", para emplear el título del "Hamlet" que viéramos en el Cabildo de Montevideo y que, como recordarán los lectores, valió a Jessé el premio "Florencio" al mejor espectáculo extranjero de 2007. Sincretismo que es, bien oído, un grito de la colectividad negra, a través de una de sus más valiosas bocas, que reclama una completa integración, una verdadera igualdad de etnias; mediante un discurso poético tan apegado a la tradición como ajeno a lo "folklórico". Con "Antígona Br." hemos comprendido un poco mejor a Jessé Oliveira, y la ambiciosa misión que se ha asignado en el orbe del arte y en particular del teatro. No dudamos que, dada su agudeza intelectual, su aplicación al trabajo y su estricto sentido de la disciplina, Jessé ha de realizar su proyecto, soñado como un nuevo y original capítulo en la historia, fecunda en realizaciones de primer orden, del teatro brasilero.
Jessé nació, el tercero de cinco hermanos, hace 37 años en una familia pobre del barrio Partenón de Porto Alegre, y vivió luego en el barrio Restinga de los doce a los veinte años. Su padre era sargento del ejército; su madre era cantante, premiada en varios festivales de música.
Hace 17 años que Jessé hace teatro; sus intereses son amplios y variados. Dirigió, actuó y produjo varias obras, entre las que señalaremos "Amor de don Perlimplín con Belisa en su jardín, de García Lorca y un espectáculo coreográfico de Robson Duarte; en nuestras excursiones a Porto Alegre vimos, y comentamos en estas páginas, "Anjos e grilos", sobre los poemas de Mário Quintana, con una notable actuación de Deborah Finocchiaro, y "Oraçao" de Fernando Arrabal (2007). En cierto momento de su primera juventud Jessé fue dolorosamente consciente de la exclusión que aún hoy padece la etnia negra y con otros artistas y actores negros fundó en el año 2002 el grupo "Caixa Preta" cuya primera obra fue "Transegun" de Coti donde aparecen las bases de una estética negra. Toda esta diversidad de intereses, ese recorrido por múltiples teatros de variados países, manifiesta el doble proyecto de revalidar la tradición cultural afrobrasilera y fusionar todas las culturas, mediante una interacción o, mejor aún, una polinización cruzada de sus mejores elementos.
A la luz de esta idea vemos a "Hamlet sincrético" un sentido político que en su momento no habíamos notado del todo; un sentido político que, aunado a un exigente padrón estético, produce los mejores resultados artísticos. La fascinación de estrellas lejanas, pese aunque permanezcan en el lejano cielo, aligera nuestros pasos y alienta nuestros corazones en el tránsito de nuestros modestos y polvorientos caminos.
En esta dirección se inscribe Antígona Br, que incluye, no menos sincréticamente, a Sófocles, tanto en "Antígona" como, en alusiones, en Edipo y Esquilo en "Los siete contra Tebas"; por otra parte, están los cultos y ritos afrobrasileros, en particular la figura de Iemanjá, más cuestiones referentes a los negros en la sociedad de ayer y de hoy.

domingo, 16 de novembro de 2008







ANTÍGONA BR



Antígona BR é a nova aposta do diretor Jessé Oliveira e do Grupo Caixa-Preta. O sincretismo cultural é, novamente, o pano de fundo para a recriação de um clássico da dramaturgia, “Antígona”, de Sófocles, sendo utilizadas passagens de outras tragédias como “Édipo Rei” e “Édipo em Colono”, do mesmo autor, e de “Sete Contra Tebas”, de Ésquilo. O espetáculo teatral estreou dias 29 e 30 de abril, terça e quarta-feira, às 21h, no Theatro São Pedro e realizou temporada no Teatro Renascença.

Nesta montagem, os elementos da cultura afro-brasileira servem de metáforas que traduzem a narrativa da peça, em que os gestos, os ritos e os mitos de origem africana contribuem para a compreensão da peça, ao mesmo tempo em que, criticamente, comentam a realidade de uma maneira muito particular. A peça é potencializada pelos signos afro-brasileiros dos cultos aos orixás, da capoeira, do catolicismo popular e de tantas outras manifestações que marcam a cultura brasileira tornando a linguagem adotada universal em seus múltiplos sentidos.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008



Mantenha-se atualizado sobre o processo de criação de ANTÍGONA BR.

ANTÍGONA BR PROCESSO


ANTÍGONA BR PROCESSO

O Grupo Caixa-Preta apresenta seu mais recente espetáculo ANTÍGONA BR, baseado em Antígona e nas tragédias afins Sete Contra Tebas e Édipo Rei. Fruto da investigação desenvolvida pelo Grupo a partir da montagem de Hanlet Sincrético.